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Politica e Esperança


A situação da politica Brasileira é igual ao dólar, nunca muda. Passa ano, hora tá em cima, hora em baixa, mas no geral se mantem no mesmo. abaixo um testo que escrevi há 5 anos atrás e que se mostra mais atual do que nunca.
Enviado por Bruno R Cardoso

Politica e Esperança

Escrevo esta carta, para o Senhor Político.
O senhor mesmo, que um dia, veio até minha casa para pedir o meu voto. Escrevo para o senhor que me fez promessas, apertou minha mão, pegou o meu filho no colo e tomou o café preparado pela minha mulher. Depois foi embora, prometendo voltar para ver como estava minha família.
Estou lhe escrevendo para saber se o senhor ainda lembra das promessas que me fizeste e que até hoje, depois de três anos, não cumprira. Lembra se quando dissera que meus filhos não mais passariam fome, não se fosse no seu governo? Ou que se eu votasse no senhor, e o senhor ganhasse, eu teria um emprego? Que era uma vergonha a comunidade onde moro não ter um hospital público, transporte, e nem uma escola para minhas crianças? Que era preciso trocar de governo, que aquele não pensava em mim, nem na minha família? Lembra-se?
Pois é. Se o senhor não lembra, estou aqui para apenas lembrá-lo do que prometeste e não cumpriste.
Pois eu nunca esqueci, nem eu nem minha família. Pra ser sincero, somos lembrados todos os dias. Todos os dias em que as crianças choram com fome e não temos nada pra alimenta-las. É, talvez o senhor não saiba o que é isso. Um pai ver seus filhos morrendo de fome, lhe pedindo pra comer, e não ter o que dar a eles...
Lembro todo dia quando tenho que pedir esmola, e me humilhar por alguns trocados. Lembro todo dia quando chego em casa e vejo minhas crianças crescendo mulambentas e famintas, sem qualquer perspectiva de futuro. Minha mulher que rezava pelo senhor, hoje reza para que nossas crianças não fiquem doentes, senão não terão chance.
Eu sei que o senhor anda muito preocupado com o futuro do “país”, e não tem tempo para pensar na gente. Mas nós pensamos no senhor, todos os dias, desde aquele dia das eleições, que por acaso o senhor ganhou.
Ah! E lembra daquela criancinha que, um dia, o senhor pegou no colo e até tirou foto pra sair nos jornais e na televisão? Que o senhor falou que cresceria e seria um grande homem, um advogado, médico, jogador de futebol, talvez? Ela não vai ser nada disso não, porque ela morreu. Morreu de fome. Mas ela não morreu sozinha não. Junto com ela morreu a nossa esperança naqueles que como o senhor, nos visitam a cada quatro anos.
 
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